segunda-feira, 8 de abril de 2019

Cadu pergunta: Piaza Merighi, autor do livro "O Conto de Y: Raízes, Espadas e Ossos"


Piaza Merighi:

Cadu: O que te motivou a ser escritor?

Piaza: Não sei exatamente como responder isso. Sempre fui um leitor voraz, e em determinado momento decidi começar uma história própria, meio “para ver o que acontece”, e acabei gostando de colocar minhas ideias no papel. Quando vi, o que a princípio seria só um conto que ficaria guardado no meu computador acabou virando um livro.

Cadu: Quais são suas influencias literárias?

Piaza: Eita... gosto de boas histórias, independente do gênero, então apontar “influências” propriamente ditas seria complicado. Prefiro indicar autores que gosto, e me atendo só à literatura fantástica, no cenário nacional Eric Novello, Eduardo Sphor e Raphael Draccon (além de muito mais gente), e no internacional vai desde Andrzej Sapkowski (The Witcher) até Tracy Hickman e Margaret Weis (Crônicas de Dragonlance) e muitos outros.

Cadu: Quando você descobriu que detinha o dom da escrita?

Piaza: Dom? KKKKK. Como disse, foi uma tentativa de escrever, nunca houve um insight divino nem um estalo, nem nada. Só a curiosidade e a vontade de tentar mesmo.

Cadu: Em algum momento você pensou em desistir de ser escritor?

Piaza: Não sei se posso desistir de algo que nem sei se existe... tenho um livro publicado, que felizmente teve uma recepção muito boa, mas daí a considerar que já tenho uma carreira de escritor... mas enfim, acho que enquanto escrevia desisti do livro pelo menos umas três vezes por semana, só para retoma-lo logo em seguida, acho que isso faz parte.

Cadu: Há previsão de publicação de um novo livro?

Piaza: Na verdade há sim! O segundo livro será publicado esse ano, na verdade, até o fim desse primeiro semestre (caso não haja nenhum imprevisto por parte da editora). O próximo não será uma continuação propriamente dita, mas um novo ‘conto’ situado no mesmo mundo, com ligações diretas aos eventos já acontecidos. 

O Conto de Y: Raízes, Espadas e Ossos:

Cadu: Como surgiu a ideia do livro?

Piaza: Como mencionei, não houve uma ideia pronta para o livro. Toda a obra foi um exercício, uma tentativa de escrever algo. Para isso tentei aliar o RPG, que foi algo bem presente na minha vida por um período de tempo, tendo sido o ponto de partida de amizades que carrego até hoje e minha “queda” por literatura fantástica.

Cadu: O livro é voltado ao público jovem, em sua maioria adolescentes. Qual o maior desafio em escrever para esse público?

Piaza: Honestamente, não pensei em um tipo específico de público ao escrever. Minha preocupação era contar uma boa história, só isso. Todo mundo gosta de uma história bem contada, e meu objetivo nunca foi escrever algo “engessado”, pensado para uma faixa exclusiva de leitores, nem deixei de colocar nada que eu achasse necessário ao enredo pensando se seria lido pelo publico A ou B.  Minha preocupação era fazer algo bom, não algo bom para um único grupo.

Cadu: Os personagens foram baseados em alguém?

Piaza: Não, não foram baseados em ninguém em especial. Há uma situação ou outra ocorrida nas mesas de RPG que eu trouxe para o livro, mas não houve inspirações diretas para os personagens.

Cadu: Você esperava que o livro tivesse toda essa aceitação e fosse o sucesso que é hoje?

Piaza: Esperar? Óbvio que não! Eu tinha consciência de ter feito um bom trabalho, mas em momento algum sequer ousei imaginar como seria a recepção do livro.

Cadu: O que você diria aos leitores de O Conto de Y?

Piaza: Hã... é... então... Não vejo escrita como um dom , algo que  brota magicamente, mas sim uma aliança de curiosidade, criatividade e vontade.  Todo mundo tem uma história, algo que queira contar, então, por que não tentar? Há a visão de que literatura é algo “chato”, mas não precisa ser assim, há boas histórias de todos os tipos por aí. (risos de nervoso ao responder essa pergunta).

Piaza, muito obrigado pelo pronto atendimento e pela habitual cordialidade e colaboração. Aguardo ansioso pelo próximo livro que já sei, será sucesso, tanto quanto, ou mais que o primeiro.

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