Prezados amigos e leitores,
Boa tarde!
O dia hoje está agradável apesar da chuva e da dor nos meus
braços (agora eu lembro o porquê de não gostar de malhar).
Como é do conhecimento de todos, ou quase todos, dia 12 foi
dia de Nossa Senhora Aparecida e também dia das crianças, sendo assim, resolvi
escrever um texto voltado para a criançada, mas não é só para eles, TODOS
devemos ter consciência do que se tornou a infância hoje em dia.
O que deveria ser algo puro, livre de maldade e pensamentos
ruins, é hoje o ponto de partida para diversos atos de violência. Nossas
crianças esqueceram o que é brincar de pique, jogos sadios e sem ambições. A
tecnologia vem avançando de maneira absurda e o que era para melhorar a
qualidade de vida do homem, absorve hoje a maior parte dela.
Desde a nossa infância somos “cercados” por todo tipo de
tecnologia. Primeiro aquelas “babás eletrônicas”, depois televisão, aparelhos
de Blue Ray, vídeo games, celulares, computadores e por aí vai.
A tecnologia não é algo ruim, desde que usada de forma
correta, mas é aí que está o problema. Essa “regalia” vem sendo utilizada para
cometer atos... Monstruosos, eu diria. Pedofilia e bullying são os principais
deles e ao contrário do que muitos dizem, proibir não é a solução, pois todos
sabem que tudo que é proibido é mais gostoso. O que os responsáveis podem e
DEVEM fazer é acompanhar, monitorar, mas sem tirar a privacidade das crianças,
com frequência toda vez que elas estiverem utilizando um aparelho eletrônico que
possa deixá-la vulnerável. O mundo está muito perigoso e sabe-se lá que tipo de
mente doentia está do outro lado da tela ou da linha.
Nem só de defeitos é feita a tecnologia, além de ter auxiliando-nos
na descoberta para cura de algumas doenças, melhorias na segurança, educação e
lazer, também ocorreram devido ao seu avanço, mas na minha opinião a maior
vantagem dos avanços tecnológicos é possibilitar que parentes e amigos
distantes possam se comunicar. Outro dia mesmo eu conversava com minha prima de
dez anos que mora em Porciúncula através do Facebook, eu do meu IPad e ela do
celular dela. Quando no “nosso tempo” pensaríamos que algo assim seria possível?
Sei que geralmente sou mais objetivo, mas acredito que para falar
de como foi a minha infância e daquele tempo, eu tinha que falar do maior
perigo para a infância de hoje.
Pois bem, vamos retomar o assunto principal da publicação de
hoje.
Antigamente nós acreditávamos que podíamos tudo, que sabíamos
de tudo e era tão bom aquele tempo. Nós viajávamos para onde quiséssemos, até
lugares que não conhecíamos. Na minha infância nós usávamos a imaginação, como
naquele desenho “O Fantástico Mundo de Bob”, alguém se lembra? Nós
acreditávamos que tudo era possível, desde que assim quiséssemos, mas tínhamos que
fazer por onde, nos esforçar, mas que criança que na pureza da infância não consegue
aquilo que realmente deseja? Basta lembrarmo-nos dos “Goonies”, aquele filme
do “Mickey, Bocão,Gordo, Sloth, Mama e os irmãos Fratelli”, estão lembrados?
Pois é, bons tempos aqueles da infância!
As melhores brincadeiras eram no play do meu prédio ou em
Porciúncula com meus primos, mesmo quando meus primos, Cássius e Igor,
apostavam em quem ganharia numa briga entre minha prima Isys e eu. Eles “colocavam
tanta pilha” que a gente acabava brigando mesmo. Arranhões, puxões de cabelo,
mordidas e tapas “rolavam soltos”, mas em seguida já estávamos de bem, éramos
crianças e nada estragava nosso dia. Nossa maior preocupação era se o desenho
que estaria passando quando chegássemos da aula seria de nosso agrado.
Citei um desenho e um filme para que as crianças de hoje não
esqueçam o que é ser criança, o poder que elas têm de serem felizes, que se
elas quiserem e merecerem, elas terão. Podem dizer que na ficção tudo é fácil,
eu concordo, mas e o sonho dos filhos de Francisco? Isso mesmo, Zezé di Camargo
e Luciano, ficção também? Sabemos que não.
Até mesmo no flerte, na hora da paquera, do namoro. Hoje
está tudo tão simples, fácil que chega a ser banal. As crianças não se
descobrem mais, não passam pelo processo de nervosismo, aquela sensação gostosa
do medo, da insegurança. Basta comentar com um amigo e pronto, ele “arruma”
para ficarem. Meninas de treze anos tendo filhos. Isso é o fim de uma época que
jamais voltará, sem falar que é uma das maiores dádivas concedidas por Deus às
mulheres e essa jovem criança não verá dessa maneira, pois não terá ainda
maturidade para isso. Precisamos educar, instruir e monitorar nossas crianças
para que não se precipitem.
Molecada, parabéns pelo dia de vocês (que na minha opinião é
todo dia). Curtam com alegria e sabedoria, não tenham pressa para crescer,
porque a vida adulta é muito chata.
Parabéns também ao Grupo Jovem São Rafael por mais um ano.
Agradeço desde já o apoio, os comentários e a divulgação de
todos que acompanham e seguem o NOSSO blog sempre.
Fiquem com Deus e até a próxima publicação.
Beijos do amigo,
Caio Dutra Fonseca Lontra (Cadu)