quarta-feira, 16 de outubro de 2013

"Depende de nós, quem já foi ou ainda é criança que acredita ou tem esperança, quem faz tudo pra um mundo melhor."



Prezados amigos e leitores,

Boa tarde!

O dia hoje está agradável apesar da chuva e da dor nos meus braços (agora eu lembro o porquê de não gostar de malhar).

Como é do conhecimento de todos, ou quase todos, dia 12 foi dia de Nossa Senhora Aparecida e também dia das crianças, sendo assim, resolvi escrever um texto voltado para a criançada, mas não é só para eles, TODOS devemos ter consciência do que se tornou a infância hoje em dia.

O que deveria ser algo puro, livre de maldade e pensamentos ruins, é hoje o ponto de partida para diversos atos de violência. Nossas crianças esqueceram o que é brincar de pique, jogos sadios e sem ambições. A tecnologia vem avançando de maneira absurda e o que era para melhorar a qualidade de vida do homem, absorve hoje a maior parte dela.

Desde a nossa infância somos “cercados” por todo tipo de tecnologia. Primeiro aquelas “babás eletrônicas”, depois televisão, aparelhos de Blue Ray, vídeo games, celulares, computadores e por aí vai.

A tecnologia não é algo ruim, desde que usada de forma correta, mas é aí que está o problema. Essa “regalia” vem sendo utilizada para cometer atos... Monstruosos, eu diria. Pedofilia e bullying são os principais deles e ao contrário do que muitos dizem, proibir não é a solução, pois todos sabem que tudo que é proibido é mais gostoso. O que os responsáveis podem e DEVEM fazer é acompanhar, monitorar, mas sem tirar a privacidade das crianças, com frequência toda vez que elas estiverem utilizando um aparelho eletrônico que possa deixá-la vulnerável. O mundo está muito perigoso e sabe-se lá que tipo de mente doentia está do outro lado da tela ou da linha.

Nem só de defeitos é feita a tecnologia, além de ter auxiliando-nos na descoberta para cura de algumas doenças, melhorias na segurança, educação e lazer, também ocorreram devido ao seu avanço, mas na minha opinião a maior vantagem dos avanços tecnológicos é possibilitar que parentes e amigos distantes possam se comunicar. Outro dia mesmo eu conversava com minha prima de dez anos que mora em Porciúncula através do Facebook, eu do meu IPad e ela do celular dela. Quando no “nosso tempo” pensaríamos que algo assim seria possível?

Sei que geralmente sou mais objetivo, mas acredito que para falar de como foi a minha infância e daquele tempo, eu tinha que falar do maior perigo para a infância de hoje.

Pois bem, vamos retomar o assunto principal da publicação de hoje.

Antigamente nós acreditávamos que podíamos tudo, que sabíamos de tudo e era tão bom aquele tempo. Nós viajávamos para onde quiséssemos, até lugares que não conhecíamos. Na minha infância nós usávamos a imaginação, como naquele desenho “O Fantástico Mundo de Bob”, alguém se lembra? Nós acreditávamos que tudo era possível, desde que assim quiséssemos, mas tínhamos que fazer por onde, nos esforçar, mas que criança que na pureza da infância não consegue aquilo que realmente deseja? Basta lembrarmo-nos dos “Goonies”, aquele filme do “Mickey, Bocão,Gordo, Sloth, Mama e os irmãos Fratelli”, estão lembrados? Pois é, bons tempos aqueles da infância!

As melhores brincadeiras eram no play do meu prédio ou em Porciúncula com meus primos, mesmo quando meus primos, Cássius e Igor, apostavam em quem ganharia numa briga entre minha prima Isys e eu. Eles “colocavam tanta pilha” que a gente acabava brigando mesmo. Arranhões, puxões de cabelo, mordidas e tapas “rolavam soltos”, mas em seguida já estávamos de bem, éramos crianças e nada estragava nosso dia. Nossa maior preocupação era se o desenho que estaria passando quando chegássemos da aula seria de nosso agrado.

Citei um desenho e um filme para que as crianças de hoje não esqueçam o que é ser criança, o poder que elas têm de serem felizes, que se elas quiserem e merecerem, elas terão. Podem dizer que na ficção tudo é fácil, eu concordo, mas e o sonho dos filhos de Francisco? Isso mesmo, Zezé di Camargo e Luciano, ficção também? Sabemos que não.

Até mesmo no flerte, na hora da paquera, do namoro. Hoje está tudo tão simples, fácil que chega a ser banal. As crianças não se descobrem mais, não passam pelo processo de nervosismo, aquela sensação gostosa do medo, da insegurança. Basta comentar com um amigo e pronto, ele “arruma” para ficarem. Meninas de treze anos tendo filhos. Isso é o fim de uma época que jamais voltará, sem falar que é uma das maiores dádivas concedidas por Deus às mulheres e essa jovem criança não verá dessa maneira, pois não terá ainda maturidade para isso. Precisamos educar, instruir e monitorar nossas crianças para que não se precipitem.

Molecada, parabéns pelo dia de vocês (que na minha opinião é todo dia). Curtam com alegria e sabedoria, não tenham pressa para crescer, porque a vida adulta é muito chata.

Parabéns também ao Grupo Jovem São Rafael por mais um ano.

Agradeço desde já o apoio, os comentários e a divulgação de todos que acompanham e seguem o NOSSO blog sempre.

Fiquem com Deus e até a próxima publicação.

Beijos do amigo,


Caio Dutra Fonseca Lontra (Cadu)